Gucci e Adidas lançam guarda-chuva de mais de R$ 8 mil que não protege da chuva

Lançamento do produto na China causou furor na internet, atraindo mais de 140 milhões de visualizações numa rede social local

Marcas ocidentais como a Adidas têm lutado contra o crescente nacionalismo chinês que levou a boicotes e a um tratamento preferencial para empresas locais
Por Bloomberg News - Low De Wei
21 de mayo, 2022 | 11:48 AM

Bloomberg — A grife de luxo Gucci e a marca de roupas esportivas Adidas ganharam as manchetes na China por vender um guarda-chuva de 11.100 yuans (ou cerca de R$ 8.100) que não protege da chuva. E não importa que as marcas digam que não é para isso que a peça foi projetada.

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Uma hashtag sobre “o guarda-chuva colaborativo que está sendo vendido por 11.100 yuans e não é à prova d’água” atraiu mais de 140 milhões de visualizações no site de mídia social chinês Weibo.

Aviso! Guarda-chuvas não são à prova d’água.

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— cubist (@cubist_pg) 13 de Maio, 2022

A publicação diz respeito a um aviso de que a peça não bloqueia a chuva, mas pode ser usado para se proteger do sol ou como um acessório fashion. O produto originalmente havia sido classificado como um guarda-chuva, mas foi alterado para outro termo semelhante em mandarim.

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Marcas de luxo enfrentam grande escrutínio na China em meio às reações provocadas pela campanha de “prosperidade comum” do presidente chinês Xi Jinping, que fez as ações relacionadas ao setor despencarem no ano passado. Marcas ocidentais como a Adidas têm lutado contra o crescente nacionalismo que levou a boicotes e a um tratamento preferencial para empresas locais.

Um usuário da plataforma Weibo, Laotan Dianshang, citou o slogan de igualdade de Xi, dizendo que tais produtos não eram destinados ao “povo comum”.

Ainda assim, mesmo com sua crescente classe média, a China continua sendo um mercado em que poucas empresas internacionais podem se dar ao luxo de arriscar.

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