Bloomberg Línea — Temores quanto aos impactos do aperto quantitativo promovido pelo Federal Reserve, o banco central americano, continuam a pesar no comportamento de investidores na abertura dos mercados asiáticos, já na manhã de quinta-feira (2). A mensagem de alarme foi amplificada pelas declarações do CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, que alertou para a chegada de um “furacão” na economia a despeito da calmaria recente nos mercados.
Um dos efeitos vistos nesta terça foi o aumento dos yields (rendimentos) dos Treasuries americanos, os títulos do Tesouro dos Estados Unidos, além da valorização do dólar. O preço do barril do petróleo, por sua vez, esteve próximo dos US$ 115 antes do encontro da Opep+ para discutir a produção.
Na Ásia, futuros na Bolsa de Tóquio operam perto da estabilidade, enquanto recuam em Hong Kong e na Austrália. Nesta terça, os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram 0,75% e 0,72%, respectivamente, depois que novos dados mostraram um vigor acima do esperado da economia americana, e isso pode ser um novo indício de que o Fed terá que adotar uma postura mais rigorosa na política monetária.
O aperto quantitativo temido por investidores é a redução do balanço patrimonial do Fed por meio de menor compra de títulos, o que tem o objetivo de enxugar parte da liquidez de capital no mercado.
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