Saque em moeda estrangeira cresce em caixas eletrônicos no Brasil

Fim das restrições a viagens em muitos destinos tradicionais de brasileiros e valorização do real no primeiro trimestre favoreceram as transações

Retirada de dólar ou euro em caixas da rede 24 Horas cresceu 144% em março na comparação com fevereiro, segundo o Itaú
27 de abril, 2022 | 06:33 PM

Bloomberg Línea — Alternativa às casas de câmbio tradicionais, saques de dólar (USDBRL) ou euro (EURBRL) em espécie em caixas eletrônicos têm crescido no Brasil.

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O movimento é alimentado pelo fim das restrições a viagens em muitos destinos tradicionais de brasileiros, como Estados Unidos e Europa e, pontualmente, foi favorecido pela valorização do real ante às moedas estrangeiras, que ocorreu no primeiro trimestre (desde a semana passada, as moedas de países emergentes voltaram a perder valor em relação ao dólar e euro).

De acordo com o Itaú Unibanco, maior banco privado do país, a retirada de dólar ou euro em caixas da rede Banco 24 Horas cresceu 144% em março na comparação com fevereiro. Sem detalhar valores, o banco informou que os valores sacados no mês passado superaram o montante de todo o ano de 2021. Segundo o Itaú, os números se referem a caixas da rede instalados em dez shoppings de São Paulo, única cidade do país a oferecer o serviço.

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Santander, Bradesco e Banco do Brasil também oferecem saques de moeda estrangeira em suas redes. Em geral, o cliente faz a compra da moeda pelo aplicativo de seu banco na internet e depois vai ao banco ou ao caixa eletrônico. Algumas máquinas – pré-abastecidas com notas de moeda estrangeira – também permitem o saque na hora com o uso de cartão.

No Brasil, o saque de moeda estrangeira em caixas eletrônicos foi autorizado pelo Conselho Monetário Nacional em 2012. O limite é de 2.000 dólares ou euros por transação.

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Graciliano Rocha

Editor da Bloomberg Línea no Brasil. Jornalista formado pela UFMS. Foi correspondente internacional (2012-2015), cobriu Operação Lava Jato e foi um dos vencedores do Prêmio Petrobras de Jornalismo em 2018. É autor do livro "Irmã Dulce, a Santa dos Pobres" (Planeta), que figurou nas principais listas de best-sellers em 2019.

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