Bloomberg — Os futuros de índices dos EUA tiveram uma recuperação nesta segunda-feira (20), juntamente com as ações na Europa, com investidores avaliando se a liquidação da semana passada foi longe o suficiente para precificar as preocupações com o aumento das taxas e a desaceleração do crescimento.
Os contratos futuros do S&P 500 avançavam cerca de 1,1% no início da tarde após a pior semana para o indicador desde o início da pandemia. Os futuros do Nasdaq 100 subiam cerca de 1,2%.
Enquanto isso, bancos, empresas de viagens e lazer e energia lideravam o avanço no índice Stoxx Europe 600. Já as ações de recursos básicos tinham um desempenho inferior em meio a uma queda nos preços das matérias-primas, enquanto as empresas de construção caíam.
O benchmark de ações da França ficou para trás depois que o presidente Emmanuel Macron perdeu sua maioria absoluta no parlamento, colocando sua agenda de reformas em perigo. Os títulos do Reino Unido caíam à medida que o país enfrenta o aumento da inflação e greves trabalhistas, bem como um risco crescente de recessão em uma série de contratempos que ecoam os anos 1970.
As medidas de volatilidade permanecem elevadas à medida que os investidores procuram um ponto de entrada nos mercados de ações, agitados pelas crescentes pressões de preços e preocupações de que o aperto monetário agressivo leve as principais economias à recessão. Os estrategistas do JPMorgan (JPM) disseram que a pressão sobre as ações deve diminuir no segundo trimestre com a moderação da inflação, mas outros - incluindo o Morgan Stanley (MS) - alertaram que mais perdas podem ser esperadas.
“Tanto a inflação prolongada quanto um aumento acentuado nas taxas dos bancos centrais terão um impacto profundo nas perspectivas de crescimento”, escreveu em nota Jean-François Paren, chefe global de pesquisa de mercado do Credit Agricole CIB. “Na verdade, as avaliações atuais são mais o ‘ponto de saída’ do que o ‘ponto de entrada’.”
As commodities refletiram as preocupações em torno do crescimento global. O petróleo bruto manteve a queda de quase 7% na sexta-feira, o minério de ferro apagou todos os ganhos deste ano e o cobre ampliou as perdas pela oitava sessão depois que os metais básicos limitaram as piores perdas semanais em um ano.
O Bitcoin (BTC) ficava acima de US$ 20 mil depois de cair abaixo de US$ 18 mil no fim de semana. Uma queda volátil das criptomoedas tornou-se emblemática da pressão sobre uma série de ativos, desde altas acentuadas nas taxas de juros do Federal Reserve até domar a alta inflação.
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